quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vamos fugir....

 
Quando o seu corpo e principalmente a sua mente pedem um tempo, escute-os. É preciso uma pausa para acalmar as coisas e descansar, antes que se entre num estado de crise.
Meu corpo e minha mente já vem pedindo “tempo” há um bom tempo... e eu insisto em não dar a devida importância, planejando férias para daqui a um ano. Se me acomodar e esperar todo esse tempo, não precisarei mais de férias e sim de um hospital psiquiátrico! – parece exagero, mas não é.
Acordar com a triste sensação de que ainda é quarta-feira e que faltam mais três dias para o final de semana, recorda-me com frustração que sábado e domingo serão badaladíssimos. Os livros, cadernos, canetas e o belo computador me esperam para passarmos a noite juntos. Escolha: nenhuma. Ou faço tudo que tenho que fazer, ou deixo isso de lado e vou fazê-las quando cursar novamente o quinto período de direito!
Casa, emprego, faculdade!
Quero, melhor, preciso urgentemente de no mínimo um final de semana longe deles. Longe de toda a minha rotina. Nada pessoal com nenhum dos três, é que simplesmente tem hora que cansa. E eu cansei já faz tempo!
Como no momento não dá para escapar desse tripé estressante, tenho que pensar em algo alternativo. Uma fugidinha! Preciso dar uma fugidinha.
Por isso se sentir minha falta em algum momento não se preocupe estou fugindo. Observação: não quero ser encontrada. Deste modo não me procure, a não ser que também queira dar uma fugidinha e me fazer companhia!




“Vamos fugir
Pro outro lugar, baby
Vamos fugir
[...]
Vamos fugir
Deste lugar, baby.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Simplesmente um abraço


É encantador o mundo das palavras. A capacidade de deixar-nos envoltos em sentimentos únicos e surpreendentes com uma simples frase ou palavra é assustadoramente fascinante.
Por esse motivo, vou usa-las para falar de algo transcendentes a elas: o abraço.
Como o senso comum esta longe de ser totalmente inaproveitável e falacioso, reporto-me a sabedoria popular no que diz respeito às palavras e as ações. Quem nunca ouviu que um ato vale mais que mil palavras? Minorá-las não é o meu anseio, mesmo porque são as essências encantadoras do meu mundo. Mas as letras que me desculpem, existem momentos que elas são dispensadas.
Hoje acordei com vontade de abraçar e ser abraçada. O abraço transmite segurança, conforto, carinho, amor. Cura as dores mais profundas, renova as esperanças esquecidas, reforça e revela os sentimentos existentes.
Como é bom aquele abraço demorado no silêncio perturbador onde é possível ouvir a pulsação do outro. Existe uma verdadeira fusão de corpo e alma, os corações batem no mesmo ritmo.
Abraço de pai e mãe então, sem explicação! Parece que nada pode nos atingir naquele momento. Os braços das pessoas que mais nos amam e nos dariam a sua vida se preciso fosse, estão em volta do nosso corpo como um escudo divino. Nesse momento paira a certeza que tudo vai dar certo. Sentimo-nos seguros, felizes e amados.
São pequenos detalhes que não precisam ser explicados ou reforçados com palavras, eles transmitem a certeza de serem por se só. O abraço na simplicidade guarda sensações inexplicáveis.
Abrace. Sinta o calor da vida. A segurança em saber que existe alguém como você, que também sente medo, chora e fica triste pelos mais variados motivos, mas que esta ali e que juntos podem conseguir o impossível e o improvável.
Deixe-se abraçar. Deixe que os sentimentos falem por si. Ignore as palavras e os pensamentos. Não se regre. Simplesmente abrace.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A vida é uma caça ao tesouro um pouco diferente!

Quanta falta as palavras me fazem! Nos últimos dias as tarefas diárias tomaram conta de cada célula do meu corpo e outra vez me senti sufocada.
Contava os milésimos de segundos até a hora que poderia parar e deixar que minhas mãos trabalhassem com o que mais gostam: escrever.
Eis que, quando finalmente me vejo tranquila para tanto, surge um pequeno problema. O que exatamente escrever?
Minha cabeça parece uma panela de pressão. Vários são os assuntos que sugiro a mim mesma, mas nenhum deve ser exteriorizado no momento.
A parte mais difícil de quem escreve é o começo. Seja literatura ou científico, os inícios dos textos são tensos. O escritor ainda se encontra inseguro e suas palavras transmitem esse sentimento. Somente com o agrupar das frases que a leveza da escrita e o dom do poeta se juntam. O prazer de se aventurar no mundo mágico das letras começa.
Pois bem, numa pequena pausa que fiz na esperança do assunto certo chegar até meus ouvidos, recordei-me das palavras que escrevi no cartão de aniversário da minha irmã no dia de ontem: Podemos comparar a vida como uma caça ao tesouro. Mas uma caça um pouco diferente, pois o tesouro não é encontrado somente ao final desta, mas durante todo o seu percurso.
A vida é uma grande caça ao tesouro. Com desafios e conquistas. Cheia de pistas para chegarmos primeiro – pena que não sabemos reconhecer estas dicas e ficamos perdidos muitas vezes dando voltas e voltas, ignorando o tesouro que bate à porta.
Concorrência acirrada com os demais caçadores. Emboscadas. Às vezes se perde algumas pedras preciosas que surgem no caminho por não perceber de imediato o seu valor e tratá-las como se fossem bijuterias.
Por isso, é preciso parar em determinados tempos na vida e pensar quanto de tesouro se têm. Quantas pedras preciosas foram deixadas para trás? Ainda é possível ir a busca destas? Não há nenhuma bijuteria em seu tesouro que deve ser retirada? Nenhum diamante irradiando luz, pedindo para fazer parte do seu tesouro e que você simplesmente ignora?
Reflita, recolha teus tesouros e guarde-os em um baú de ouro acolchoado. Para que suas preciosidades se sintam seguras, pois são os diamantes, rubis, pérolas de sua vida que fazem-na tão gostosa e especial. É a companhia de pessoas irradiantes que não permitem que a vida seja passageira, mas eterna nos instantes que duram.

Eu queria ser pelo menos uma pedrinha pequenininha no tesouro de cada uma das pessoas com as quais eu convivo, e que fazem parte da minha vida, do meu pequeno baú de ouro acolchoado.