terça-feira, 15 de março de 2011
A dádiva do sorriso
sexta-feira, 4 de março de 2011
Problemas
quinta-feira, 3 de março de 2011
Caminhando
Um vazio no peito. É assim que se encontra meu coração. Mas não me preocupo. Isso não é totalmente ruim. Como na vida tudo é relativo, depende de como se olha a situação. Com qual lupa que se enxerga os fatos.
Antes eu estava perdida. Meus sentimentos e pensamentos estavam me sufocando. Agora, após as palavras saírem da minha boca, por mais difícil que tenha sido (e só eu sei como foi), ficou essa calmaria.
Não digo que esteja melhor. Ainda não me encontrei. O ‘nada’ não é o meu objetivo, assim como não suportava mais o ‘tudo’. Anseio encontrar o meu meio termo.
Bem, o primeiro passo é sempre o mais difícil. Agora que joguei os dados, é esperar que eles parem e me mostrem qual caminho seguir. Quem sabe minha vida dê uma volta de 180º. Mas pode ser que ela insista em girar 360º e me deixar no mesmo lugar. Se isso acontecer, se as coisas voltarem ao mesmo lugar, já será o suficiente (e talvez o que eu queira). Pois, nada permanece igual, se nós mesmos estamos diferentes. Mesmo que tudo fique como agora, eu não serei a mesma.
"Você ganha forças, coragem e confiança a cada experiência em que você enfrenta o medo. Você tem que fazer exatamente aquilo que acha que não consegue". Eleanor Roosevelt tinha razão sobre isso. Sinto-me mais forte. Já não me preocupa mais o que acontecera daqui a diante.
Estou indo ao encontro da coisa mais importante, da relíquia mais rara, estou indo ao meu encontro. Estou em busca de mim.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Um pedido da alma...
Caderno e caneta à mão, quase como São Jorge montado em seu cavalo para combater o dragão, sento-me no chão, em busca de refugio em outro mundo.
Talvez (quem sabe!), consiga me achar onde as letras, pouco a pouco se unem e formam aquela menina que tanto anseio ser.
Deito. Assim posso relaxar e deixar que minha mão trabalhe enquanto minha mente descansa (relativamente, é claro).
Gosto das palavras, gosto desse jogo de esconde-esconde; de me perder e me encontrar. Nesse mundo de tinta, tenho controle do mundo. Do meu mundo. Onde tenho o privilegio de tentar e não ter medo de errar. Pois caso isso aconteça tenho como ferramenta a borracha.
Quem dera o mundo de “carne e osso” fosse assim.
Pensando bem, ele não teria graça. O encanto desses dois mundos é exatamente esses. Em um posso fazer o que quiser. Tentar, errar, acertar, sem pensar nas consequências. No outro, cada ato resulta em ato de mesma proporção em sentido contrario. Aprendemos a ser cautelosos.
Ambos nos fazem crescer. Conhecer nós mesmo e conhecer o mundo.
O que me encanta nas palavras, sejam estas escritas por mim ou sejam palavras lidas de grandes escritores, é (como já disse), que elas me ajudam a me encontrar.
Quando vejo diante de mim um abismo e não encontro saída, as palavras formam uma escada, pela qual retomo a direção em busca do meu eu. Elas tem o poder de fazer o tempo parar sem necessariamente ter que arrancar as pilhas do relógio.
Pois bem, meus pensamentos desordenados, confusos e aleatórios pararam. Agora ficou somente a tranquilidade de escrever. É incrível como me sinto bem rodeada de palavras. É tão bom quanto tomar banho de chuva com aquela pessoa especial; momento em que se grava cada gota d’agua que encosta suavemente nos corpos, em câmera lenta, e que por mais parecido que essa cena seja com as cenas dos filmes de Hollywood, deixa estas de joelho aos seus pés.
É assim comigo e as palavras. Não anseio ser nenhuma escritora de best seller, tão pouco me importa que ninguém nunca leia as minhas palavras. O que me faz bem, é o banho que as letras dão a minha alma. Cada palavra que escrevo, cada frase que se forma é uma gota d’agua em câmera lenta em direção ao meu corpo, deixando a sensação de eu estar viva.
Não posso dizer que já me encontrei nestas poucas frases já escritas, melhor vividas. O que posso afirmar é que pelo menos eu parei de correr de mim mesma. Agora, no silencio da minh’alma (e da minha casa também) vou aproveitar que meus pensamentos estão temporariamente anestesiados pelas letras, e vou dormir um sono que há tempos não durmo.