Impossível tomar uma decisão sozinha quando ela envolve dois destinos. Por mais que seja preciso decidir por mim, e não pelos outros, já há um bom tempo não consigo pensar em mim sem pensar - mesmo que indiretamente - nele.
Olho-me no espelho e enxergo uma pessoa melhor. E isso sem dúvidas tem uma parcela inquestionável da presença dele em minha vida. Dois opostos. Um equilíbrio.
No final, a palavra não dita, a diferença não questionada e a sensação de perda de identidade gritaram em meu interior. Não pertencia mais a ele. E dei-me conta de que não me pertencia já há um tempo.
Outras pessoas foram aparecendo e colocando sorrisos novos em meu rosto. Amizades bonitas. Que me alegravam e faziam que eu esquecesse aquele conflito sentimental. À vontade de ter os meus antigos sorrisos mais constantes e presentes foi aumentando.
O pensamento de estar prendendo e privando-o de conhecer um lado da vida que ele não conhece - que eu já provei um pouco e é muito bom - me atormentavam. Pois os momentos são únicos e precisam ser vividos naquele exato instante, porque não voltam.
O tempo seria a melhor escolha, o melhor remédio. Assim foi feito.
Mas isso não deu certo pra mim. Quer dizer não totalmente.
Os momentos com os amigos são maravilhosos. Os planos. Os sorrisos. Dei-me conta da falta que me faziam.
O cotidiano não permitiu que a ausência dele fosse percebida de imediato. Ela foi bater na minha porta à noite, depois de um dia divertidíssimo. Covardia. Estava despreparada. Mas é assim mesmo. Tive que aceitar o não abraço. O não beijo. Nessa noite repousei em pensamentos que ao mesmo tempo me levavam ao céu e ao inferno.
Não sei se já foi o suficiente para nós o tempo. Não sei se nossos objetivos foram concretizados e as expectativas sanadas. Não sei o que quero. Não sei se realmente não sei o que quero ou simplesmente estou evitando sentir – fiquei confusa com essa confusão! -.
Existem inúmeros fatores que me fazem hesitar. A balança entre as escolhas não favorece nenhum dos lados.
Por isso decidi deixar as coisas acontecerem. Na hora certa tudo se ajeita. O que não vou permitir mais é que o comodismo fale por mim. Dar-me-ei o luxo de viver a eternidade de cada momento de modo a não me arrepender das coisas não feitas, e muito menos das feitas.
Estou seeeem palaaavras! LITERALMENTE!
ResponderExcluirVocê simplesmente arraza!!!! Quando eu 'crescer' pretendo ter, pelo menos, 1/4 do poder - e dom - que você tem sobre as palavras!!!! =D
Amo você Lala!
Ló.